Ataque hacker compromete sistemas de instituições financeiras conectadas ao Banco Central; PF vai investigar

Quarta-feira, 2 de julho de 2025

From above of crop anonymous male hacker typing on netbook with data on screen while sitting at deskA Polícia Federal confirmou que abrirá um inquérito para investigar um ataque cibernético que comprometeu o acesso a sistemas de instituições financeiras no Brasil. O incidente envolveu a C&M Software, empresa homologada para oferecer serviços tecnológicos ligados ao Banco Central (BC) e ao sistema PIX.

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, os dados iniciais indicam que hackers utilizaram credenciais indevidas para tentar acessar sistemas da C&M — o que acabou afetando contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras.

 C&M Software: alvo de ataque cibernético

A C&M Software, que atua como intermediária tecnológica entre o BC e instituições participantes do PIX, comunicou ter sofrido um ataque hacker sofisticado em sua infraestrutura. A empresa é uma das nove autorizadas pelo Banco Central para operar conexões seguras com o sistema financeiro nacional.

O Banco Central informou que, como medida de precaução, suspendeu temporariamente o acesso das instituições às infraestruturas operadas pela C&M. A prioridade é preservar a segurança do sistema bancário, especialmente no que diz respeito às contas de liquidação interbancária.

 

 Entenda o impacto nas contas de reserva

De acordo com a BMP, empresa que oferece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, o ataque permitiu o acesso não autorizado a contas de reserva, que são mantidas no Banco Central por instituições financeiras para viabilizar transações entre bancos.

Ainda segundo a BMP, nenhum cliente final foi afetado, e os recursos acessados indevidamente estavam vinculados às contas institucionais no BC, e não a contas correntes de pessoas físicas ou jurídicas.

 

Investigação e medidas de contenção

A C&M Software, em nota, afirmou ser vítima direta do ataque e garantiu que todos os seus sistemas críticos permanecem íntegros. A empresa disse estar colaborando ativamente com o Banco Central, a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo nas investigações, que seguem em curso.

A companhia também informou que os protocolos de segurança cibernética foram imediatamente acionados, e que está adotando todas as medidas legais e operacionais para mitigar os impactos da ação criminosa.

 

 O que diz o Banco Central

Apesar do ataque, o BC não foi diretamente afetado. Em comunicado, a autoridade monetária esclareceu que o ataque teve como alvo apenas a infraestrutura da C&M, e que o próprio Banco Central está conduzindo uma investigação técnica e administrativa para avaliar a extensão do problema.

Além disso, o órgão reforçou que novas medidas de proteção contra fraudes no PIX estão sendo implementadas, com foco no fortalecimento da resiliência dos sistemas financeiros e na prevenção de novas ocorrências desse tipo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *